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Mostrando postagens de julho, 2013

Sobre o “mensalão”, o lulismo e a ingratidão das elites

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José Dirceu-PT e Roberto Jeferson-PTB réus no "mensalão". Sobre o “mensalão”, o lulismo e a ingratidão das elites Escrito por Justino de Sousa Junior    "A esquerda governista deveria ter tido mais escrúpulo (tinha obrigação de ter pelo menos um pouco mais do que o senhor Ricúpero) na hora de escolher seus parceiros; antes de se aliar a Roberto Jeferson, Sarney, Calheiros, Barbalho etc. etc. etc., terminando com Maluf; antes de proteger o ministro Meireles, acusado de crime contra o sistema financeiro; antes, sobretudo, de reproduzir o modus operandi da política burguesa. A esquerda governista perdeu definitivamente o selo da probidade ao se aliar a figuras absolutamente questionáveis do cenário político brasileiro, ao silenciar quanto à história de seus partidos, seus métodos e práticas políticas, ao defendê-los e protegê-los de críticas e/ou investigações." "O discurso da vitimização faz algum sentido, mas ele mente ao tentar opor a perspectiva go

Da seriedade e da «solidariedade»

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Da seriedade e da «solidariedade» por João Ferreira "São as duas caras da social-democracia. Na Europa, como em Portugal. Por cá, António José Seguro afirmou que o Tratado Orçamental, que votou favoravelmente na Assembleia da República, teria como contrapartida certa e segura (Hollande, na altura, assim o prometia) o reforço do orçamento da UE. Num momento em que o PS se procura descolar do Governo com quem co-subscreve o programa da troika, é bom lembrar que este Tratado – para o qual Cavaco, já por diversas vezes, chamou a atenção, dizendo que à conta dele, no futuro, mesmo que mudem os governos, não mudará a política – este Tratado, dizia-se, prevê simplesmente isto: no pós-troika continuarão em vigor as políticas da troika, ou seja, austeridade eterna. É bom lembrar que PS, PSD e CDS aprovaram este Tratado e a sua transposição para a ordem jurídica nacional, nomeadamente na Lei de Enquadramento Orçamental, onde se estabelece que o pagamento da dívida aos credor

Pátria, lugar de exílio

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Pátria, lugar de exílio   por César Príncipe     "Os jornais, as rádios e as televisões (nas mãos de grupos multimédia, ancorados à finança e balizados pelo consenso rotativista) são chiens de garde dos senhores de turno. Ostentam os guiões do patronato que mais ordena e da agiotagem que mais conta, fornecem argumentário para a resig(nação) e a capitulação. Na emergência, a pátria deles é a patroika, instância de ocupantes e colaboracionistas, da Comandita das Três Siglas e do Clube dos Miguéis de Vasconcelos. Bom aluno euro-americano, o complexo mediático abraça a doutrina do alinhamento e da circularidade e da capsulagem do adverso. Para iludir a questão informativa e opinativa, multiplica os apresentadores da normalidade e aparentadores de diversidade e selecciona trupes de maldizer de superfície. A gramática reaccionária tomou conta de páginas e antenas. A vulgata política e a publicidade comercial confundem-se. Morfologicamente. Ideologicamente. Programaticam

O covil dos ladrões

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O covil dos ladrões por Jorge Messias   "Nesta linha de leitura, será útil lembrar o que foi declarado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, em Maio de 2011 e no Brasil, uma nação que podemos olhar como num espelho e na qual incubam os projectos assassinos do agronegócio. Tratava-se, a dada altura, de caracterizar o que era o trabalhador escravo, nos tempos antigos e nos tempos modernos. «No século XIX» – refere-se no trabalho "Nova Escravidão na Economia Global" – «falava-se na abolição do escravo como uma libertação da terra, do capital, de formas de trabalho que já não serviam os interesses da acumulação do capital. Hoje, a economia não revela dificuldades em conviver com a escravidão. No século XXI, a ideia de expansão do trabalho é análoga à do tempo da escravidão e volta a exprimir-se através da precarização absoluta do trabalho e como fruto do neoliberalismo. E o novo escravo, tal como o antigo, é descartável». " «As Fundações e os go

Portugal: Preparar o país face a uma saída do Euro

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Preparar o país face a uma saída do Euro por Vasco Cardoso     "O Euro é, e sempre foi, um projeto do grande capital europeu, das transnacionais europeias e do diretório de potências comandado pela Alemanha e um instrumento central da concorrência e rivalidade interimperialistas. O grande capital nacional, integrado em posição subalterna com aquele, assumiu o projecto como seu e os partidos que o representam politicamente – PS, PSD e CDS – impuseram-no ao país. O Euro e os constrangimentos associados à UEM – que começaram muito antes da entrada em vigor da moeda – serviram especialmente bem os interesses da banca, nacional e estrangeira, e dos grandes grupos monopolistas, mas foram e são contrários aos interesses dos trabalhadores e do povo português, bem como dos trabalhadores e dos povos da Europa."       A agudização da crise económica, social e política que atinge o país tornou mais evidentes muitos dos alertas e denúncias que o PCP fez ao longo dos

Brasil : Mais de 53 mil pessoas são assassinadas por ano e as vítimas tornaram-se cada vez mais jovens

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Morte prematura de jovens custa R$ 79 bilhões por ano por Adital   "A mortalidade violenta de jovens (entre 15 e 29 anos) no Brasil é um problema que veio se agravando nas últimas décadas, sobretudo no que diz respeito à letalidade ocasionada por homicídios e por acidentes de transporte. No que se refere aos homicídios, a piora se deu em dois planos. Não apenas a letalidade aumentou ano a ano, mas as vítimas tornaram se gradativamente mais jovens. Com efeito, enquanto o máximo da taxa de homicídios por 100 mil habitantes cresceu 154% entre 1980 e 2010, quando passou de 27,7 para 70,6, a idade em que se alcançou essa taxa máxima de homicídio variou de 25 para 21 anos." Mais de 53 mil pessoas são assassinadas por ano e as vítimas tornaram-se cada vez mais jovens. O perfil desses jovens, vítimas dos vários tipos de mortes violentas, é em sua maioria homens, pardos, com 4 a 7 anos de estudo, mortos nas vias públicas, por armas de fogo. Esse é um dos dados que consta n

Elas, marcadas para morrer

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  Elas, marcadas para morrer por Ismael Machado*   "Para explorar as riquezas, o governo construiu estradas, como a Transamazônica, a BR-222, a BR-158, mas construiu também hidrelétricas, como Tucuruí, e estimulou e financiou a implantação de grandes projetos para explorar as riquezas ali existentes, como o Projeto Ferro Carajás. "Ao mesmo tempo incentivou a vinda de grandes empresas e pecuaristas do Centro-Sul do Brasil para investir na criação de gado bovino. Não só concedeu terras, mas créditos subsidiados pela política de incentivos fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). Esses grupos econômicos, especialmente aqueles que investiram na implantação da pecuária extensiva passaram a expulsar, de forma muito violenta, os povos indígenas e diversos pequenos agricultores que há muito tempo ocupavam da região”, enfatiza o dossiê da CPT." A partir de hoje, a Adital reproduz às sextas-feiras matéria especial da Agência Pública sobr

Esquerda Moderna

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Esquerda Moderna por Ângelo Alves       "O PS está assim a confirmar o que andou a tentar esconder nos últimos meses. Está de acordo com a essência e a ideologia do pacto de agressão, não quer ouvir falar de eleições antecipadas até às Autárquicas e está a preparar-se para prosseguir a mesma política de direita que está a infernizar a vida aos portugueses."     As negociações entre PS, PSD e CDS decorriam na segunda-feira, e nas palavras de um dos representantes do PS , de acordo com os pressupostos avançados por Cavaco Silva. Ou seja, o PS aceitou discutir o seguinte cenário: manter em funções, durante um ano, um governo de gestão; continuar a aplicar o pacto de agressão; marcar eleições para daqui a um ano e dizer aos portugueses que, seja qual for o resultado dessas eleições, o mandato do governo delas saído será o de manter o actual rumo de declínio, submissão e destruição económica e social do País.   É isto, e nenhuma outra coisa, que estes tr

Por uma política e um governo patrióticos e de esquerda!

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Por uma política e um governo patrióticos e de esquerda! Revista «O Militante» "Por que é que sistematicamente promove o BE, um partido que vive a surfar a conjuntura e também ele comprometido com o processo de integração capitalista europeu e a sua deriva federalista supranacional, e apologista de um oportunista conceito de «esquerda» que branqueia e absolve o PS e a social-democracia em geral, da sua estrutural identificação com o grande capital e o processo contra-revolucionário em Portugal? Porque o PCP, como uma vez mais ficou patente com a realização do seu XIX Congresso, é a grande força da alternativa, o mais consequente defensor das conquistas e valores de Abril e da Constituição que os consagra, o mais intransigente lutador contra a exploração capitalista e a opressão imperialista, um partido que existe não para melhorar o capitalismo mas para o abolir, portador de um Programa de transformação revolucionária da sociedade que aponta ao povo português a luta por

"DEMOCRACIA BURGUESA E FASCISMO"

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"DEMOCRACIA BURGUESA E FASCISMO" Fascismo: Crescimento repentino?   "Há uma luta entre elas – uma deve acabar com a outra. Ou o avanço das forças produtivas põem fim ao capitalismo, ou a existência continuada do capitalismo provocará uma progressiva pausa na produção e na técnica que mergulhará milhões de pessoas do planeta na pobreza, miséria e guerra. Estes são os dois únicos caminhos, capitalismo ou socialismo. Não existe outra alternativa. Todas as esperanças em uma terceira alternativa, que garantiria a realização do desenvolvimento pacífico e harmonioso sem a luta de classes, por meio da democracia capitalista, do capitalismo planificado, etc., são sonhos impossíveis."       Para os que aceitaram como inquestionável as formas sociais existentes e a sua continuidade, para os que apostaram pela possibilidade de uma melhora progressista pacífica dentro dessas formas sociais, e para os que qualificam a alternativa revolucionária como fantasi

A alternativa. A luta. O Partido

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  A alternativa. A luta. O Partido por Armindo Miranda Com a crise do capitalismo a acentuar as suas contradições, acentua-se o seu carácter explorador, opressor e desumano. Aprofunda-se o fosso entre uma enorme massa de seres humanos e uma elite multimilionária. Na maioria dos países em desenvolvimento, o número daqueles que vivem abaixo do limiar da pobreza aumenta de forma continuada; centenas de milhões de trabalhadores são empurrados para o desemprego e uma parte significativa não tem acesso a qualquer subsídio. Segundo a ONU, morrem por ano mais de 36 milhões de seres humanos devido ao mais vil atentado contra os direitos humanos – a fome. Ou seja, numa altura em que, devido à introdução de novas tecnologias, nunca foi tão grande a produção de bens alimentares morrem em cada minuto 70 seres humanos por falta de alimentos. Mais de 30 mil crianças morrem por dia devido a causas para as quais a ciência já tem resposta. Doenças que até há poucos anos foram consideradas errad

Coreia, há 60 anos - O armistício, o paralelo 38, a grande derrota dos EUA

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Coreia, há 60 anos - O armistício, o paralelo 38, a grande derrota dos EUA por Maria da Piedade Morgadinho   "A Norte, os trabalhadores, o povo coreano dirigido pela classe operária e o seu partido – o Partido do Trabalho da Coreia – levaram a cabo transformações revolucionárias que mudaram a face do país: uma reforma agrária, a nacionalização da grande indústria, dos transportes, dos bancos, a implantação do horário de 8 horas, a igualdade de direitos para homens e mulheres." "A Sul, os capitalistas mantiveram nas suas mãos as empresas, os bancos e os agrários as suas terras. Também, muito rapidamente, os monopólios norte-americanos apoderaram-se dos sectores-chave da economia e a Coreia do Sul transformou-se numa autêntica colónia dos Estados Unidos." Em 27 de Julho de 1953 o imperialismo norte-americano e os seus aliados sofriam uma das mais estrondosas derrotas político-militares no continente asiático. A criminosa guerra que desencadearam em 19

O Secretário-geral da FSM,camarada George Mavrikos discursa no Plenário da 102.ª Convenção Internacional do Trabalho

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OIT, Genebra: o Secretário-geral da FSM,camarada George Mavrikos discursa no Plenário da 102.ª Convenção Internacional do Trabalho   "No Bangladesh, as políticas criminosas das multinacionais e dos empresários locais continuam a matar trabalhadores; na Turquia, a violência estatal e o ataque contra os trabalhadores estão a aumentar; na Costa Rica, as greves no setor público são proibidas; no Panamá, as greves são proibidas para os trabalhadores do Canal; o Chile é um exemplo dos muitos países que estão, ainda hoje, a violar convenções fundamentais ratificadas há 14 anos; no Cazaquistão, nos países do Golfo e na Guatemala quase não existe liberdade de associação; na Colômbia, os metalúrgicos e mineiros são constantemente atacados; Os trabalhadores da multinacional Glencore estiveram em greve durante 98 dias e a multinacional trata-os como delinquentes; a MICHELIN encerra fábricas em Cali e Chusacá. Mas, sem ter em conta tudo isto, a OIT excluiu a Colômbia da lista negra. A

Obama em África: uma visita falhada

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  Obama em África: uma visita falhada por Carlos Lopes Pereira                "Os manifestantes proclamaram que a visita de Obama não era bem-vinda e que a amizade entre a África do Sul e os EUA devia assentar na justiça, na liberdade e na igualdade, valores sempre violados pelo imperialismo norte-americano. Denunciaram a política internacional estadunidense que fomenta «a mercantilização da guerra, a sobre-exploração neocolonial, o racismo e a destruição ambiental». E afirmaram que os EUA, sob a presidência de Obama, «intensificaram os ataques contra os direitos humanos, a militarização das relações internacionais e a exploração contínua e sem controlo dos recursos mundiais à custa dos povos oprimidos»." A crescente concorrência económica em África entre os Estados Unidos e a China esteve no centro da recente visita de Barack Obama a três países do continente. A viagem ficou marcada também pelo eclodir do escândalo de espionagem denunciado pelo ex-agente

“A principal preocupação do populismo do PT é alavancar o capitalismo brasileiro"

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“A principal preocupação do populismo do PT é alavancar o capitalismo brasileiro”, dizem os comunistas brasileiros Canarias Semanal   "A verdade é que durante anos, e ao contrário da opinião de muitos “progressistas” europeus, James Petras vem denunciando não só a profunda corrupção que afeta o conjunto do Partido dos Trabalhadores, a organização política liderada por Lula, mas também a falsa fachada popular, atrás da qual se refugiaram os governos de Lula e Rousseff. Os últimos fatos não fizeram outra coisa que confirmar suas acertadas previsões. "   "Porém, o que estava acontecendo na realidade – opina Petras – era uma coisa muito diferente. “No Brasil se estava produzindo uma enorme concentração de benefícios, uma enorme acumulação de capitais. E uma boa parte desse dinheiro era passada diretamente às multinacionais e às contas bancárias situadas no exterior. Era sabido que em Nova York, Flórida e Miami, os brasileiros compravam fastuosos apartamentos de um

A luta das mulheres com deficiência

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A luta das mulheres com deficiência por Inês Zuber "Infelizmente, os relatos que nos chegam não são animadores. Só uma sociedade que apoie e contribua para o desenvolvimento das potencialidades, da capacidade, da autonomia das mulheres com deficiência será uma sociedade não-discriminatória. No âmbito das políticas económicas de classe da UE e de Portugal, tal será impossível. A luta das mulheres com deficiência deve, ser também, uma luta de todos os que ambicionam a igualdade e a dignidade." A propósito de um relatório que se encontra em discussão no PE sobre as mulheres com deficiência, o PCP organizou uma audição sobre o tema em Lisboa, com diversas organizações que trabalham nesta área, e na qual recolhemos valiosos contributos para a reflexão de um problema cuja invisibilidade social é gritante.   Hoje, no quadro da aplicação do «pacto de agressão» da troika assistimos ao caminho do empobrecimento do País, realidade que, sabe-se, afecta mais as mulheres do

Atenção ao que dizia o Eça

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Atenção ao que dizia o Eça por Aurélio Santos   "Quando a quadrilha Coelho/Portas apareceu apresentando a sua coligação recauchutada, era caso para dizer: estão mortos, mas ainda não o sabem... Em 1871 dizia Eça de Queiróz nas «Farpas»: Há muitos anos a política em Portugal apresenta este singular estado: 12 ou 15 homens sempre os mesmos, alternadamente, possuem o poder, perdem o poder, reconquistam o poder, trocam o poder... "               Os episódios e cenas políticas da semana passada fizeram-me lembrar uma anedota do actor Solnado, fazendo o papel de um avô completamente surdo. Quando rebentou o fogão de gás e a casa ardia, gritava para os netos: «não batam com as portas!» (O papel de avô surdo caberá talvez ao Presidente da República). O balanço dos destroços que este Governo PSD/CDS deixa no nosso País é aterrador.Temos uma das dez mais elevadas dívidas soberanas do mundo, um elevado défice orçamental e a nossa dívida continua a ser

'Somos todos vigiados'

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'Somos todos vigiados' por Ignacio Ramonet    "O presidente Barack Obama está abusando do seu poder e diminuindo a liberdade de todos os cidadãos do mundo. “Eu não quero viver numa sociedade que permite este tipo de ação”, protestou Edward Snowden, quando decidiu fazer as suas revelações. Divulgou os fatos e, não por acaso, exatamente quando começou o julgamento do soldado Bradley Manning, acusado de promover a fuga de segredos da Wikileaks, organização internacional que divulga informações secretas de fontes anônimas."     Nós já temíamos (Nota 1). Tanto a literatura (1984, de George Orwell), como o cinema (Minority Report, de Steven Spielberg) haviam avisado: com o progresso da tecnologia da comunicação, todos acabaríamos por ser vigiados. Presumimos que essa violação de nossa privacidade seria exercida por um Estado neototalitário. Aí nos equivocamos. Porque as revelações inéditas do ex-agente Edward Snowden sobre a vigilância orwelliana acusam dir

A divisão entre "Sul pobre" e "Norte rico" é um velho truque da classe burguesa e dos oportunistas

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A divisão entre "Sul pobre" e "Norte rico" Os velhos truques da classe burguesa Por KKE "Esta é a razão pela qual o nível de desenvolvimento dos países é posto como linha divisória básica no nosso tempo, visto que, caso sigam esta lógica, leva os trabalhadores a alinharem a todo o momento com a "linha política nacional", que é criada pelo pessoal da classe burguesa, isto é, os objectivos estabelecidos pela classe burguesa dos seus países. Um objectivo dos capitalistas de qualquer país é melhorar a sua posição na "pirâmide" imperialista global, de modo ao seu negócio poder ganhar maior fatia do mercado através da exploração de recursos naturais e da força de trabalho. O seu objectivo não tem nada a oferecer aos trabalhadores, excepto a uma muito pequena parte deles, a "aristocracia operária" que, como uma hiena espera comer os restos deixados pelos leões do capitalismo, os fortes negócios monopolistas." A divisão e

Europa no Caso Evo Morales: vocação irresistível para ajoelhar diante dos EUA e satisfazer o seus menores desejos.

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Europa e a prostituta da Babilônia Escrito por Atilio Boron     "Em suma, a Casa Branca atua com os governos europeus como um empregador sinistro e inescrupuloso com seus indefesos subordinados. E os governos da França, Espanha, Portugal e Itália , por sua vez, atuam como a prostituta da Babilônia, que, segundo narra a Bíblia no Apocalipse (2.17) "com ela fornicaram os reis da terra – leia-se os "capos" de Washington – e os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição"."   A prisão e, de fato, o sequestro sofrido por Evo Morales, por 14 horas, em Viena, em sua acidentada viagem de volta de Moscou, mostra claramente que os governos europeus e as classes dominantes, as quais representam e em cujos interesses atuam, são meros servos do Império . Toda a sua fraseologia oca sobre a democracia, os direitos humanos e a liberdade desmorona como um castelo de cartas, com o impacto da proibição que impedia o presidente

Capitalismo, democracia e eleições

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Capitalismo, democracia e eleições por Richard D. Wolff     "Capitalistas financiam candidatos e partidos nas campanhas eleitorais e entre elas. Em contrapartida, responsáveis eleitos apoiam desejos dos seus financiadores, especialmente quanto ao que é o que não é apresentado aos eleitores para decidir. Empresas capitalistas também financiam think tanks, programas académicos, mass media e campanhas de relações públicas que moldam a opinião pública em favor do capitalismo. No último meio século emergiu ainda outra solução: manter o estado na defensiva não só ideologicamente como também financeiramente por meio de défices orçamentais e dívidas."   "Eleições bem controladas não questionam, e muito menos ameaçam, o capitalismo." Capitalismo e democracia real nunca tiveram muito a ver um com o outro. Em contrapartida, a votação formal em eleições tem funcionado lindamente para o capitalismo. Afinal de contas, eleições raramente puseram em causa, muit

Reforma Agrária é um alvo a abater

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Reforma Agrária é um alvo a abater por Jorge Messias   "Todos os novos factos que vão sendo revelados passam por entre as malhas de uma escabrosa rede mundial de corrupção. Por hoje, fiquemos por aqui, escutando o que nos diz a investigadora brasileira Ana Rajado: «Enquanto milhões de pessoas morrem à fome devido à escassez de alimentos básicos como o trigo, o arroz e o milho, os grandes grupos agro-alimentares têm lucros escandalosos. Por exemplo, os lucros da Monsanto, em 2008, duplicaram em relação ao ano anterior. Outro tanto aconteceu com a Cargil, a Archer Daniels ou a Mosaic, um dos maiores produtores de fertilizantes cujos lucros aumentaram doze vezes num só exercício" « A reforma agrária tem como objectivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efectuar a distribuição da terra para a realização da sua função social . Este processo é realizado pelo Estado que compra ou nacionaliza terras de grandes latifúndiários com terrenos

Crise e democracia

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Crise e democracia por Albano Nunes   "Confrontado com a inexorável tendência para a baixa da taxa de lucro, com a situação de estagnação e recessão em que mergulharam as principais economias capitalistas e a evidente incapacidade do sistema para dar resposta aos problemas e aspirações dos trabalhadores e dos povos, o grande capital prepara-se para o pior e joga cada vez mais na limitação e liquidação de liberdades e direitos fundamentais. O próprio reforço de estruturas e políticas supranacionais determinado pela transnacionalização do capital, espezinhando a soberania de países como Portugal, só pode ser imposta por via coerciva, questão que está bem patente no carácter crescentemente anti-democrático da União Europeia, e num vasto conjunto de medidas ditas de «segurança», em que a articulação com a NATO e com os serviços secretos norte-americanos desempenha crescente papel."   O grande capital prepara-se para o pior e joga cada vez mais na limitação e liquidaç

A face real da UE ou o logro do «modelo social»

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  Desemprego, precariedade e pobreza na União Europeia A face real da UE ou o logro do «modelo social» por Carlos Nabais     "Na UE, mais de 26 milhões de pessoas estão desempregadas; 23,4 por cento dos jovens na UE estão desempregados; 8,3 milhões de jovens abaixo dos 25 anos não têm qualquer actividade; 19 por cento das crianças estão ameaçadas pela pobreza; oito por cento das pessoas vivem em situação de grave privação material; 15 por cento das crianças abandonam a escola sem chegar a frequentar o ensino secundário; 24,2 por cento das pessoas (120 milhões) encontram-se em risco de pobreza; os trabalhadores pobres representam um terço dos adultos em idade activa em risco de pobreza; o número de sem-abrigo na UE chega, por noite, a 410 mil pessoas. " Ao longo da sessão, subordinada ao lema «Desemprego, precariedade, pobreza – a face real da União Europeia» e dirigida por Ângelo Alves, membro da Comissão Política e da Secção Internacional do P